Com a dentição normal, o paciente não fica limitado a ingerir somente alimentos macios

Influência da perda dentária na saúde sistêmica

A perda de dentes não interfere apenas no convívio social, por motivos estéticos, a saúde também pode ser afetada devido a alterações na nutrição causadas pela dificuldade na mastigação.

Uma boa mastigação depende do estado da dentição. Ao perder os dentes, os pacientes tornam-se mais seletivos ao escolher alimentos, pois sua capacidade mastigatória se torna reduzida. O que pode acarretar a diminuição ou até mesmo a ausência de certos nutrientes, necessários para manter uma boa saúde sistêmica. Diversos estudos demonstram a associação entre saúde sistêmica e dieta, por exemplo, dieta com pouco consumo de fibras presentes e verduras e frutas causa aumento do risco de câncer.

Uma pesquisa relacionou a quantidade de dentes e a ingestão de nutrientes em pacientes com 40 a 80 anos. Foi observado que, conforme diminuía a quantidade de dentes, diminuía-se o consumo de fibras e vitaminas, enquanto o consumo de calorias e gorduras aumentava (o consumo de gordura em excesso aumenta o risco de doenças cardiovasculares). As diferenças observadas na dieta de pacientes com e sem os dentes, foram consideradas como possíveis causas de complicações futuras, como infarto por exemplo.

Outro estudo mostrou a alteração no consumo de nutrientes como não sendo causada apenas pela falta de dentes, mas também pela dentição com a função prejudicada por fraturas, desalinhamento e encaixe incorreto e próteses inadequadas. Os resultados também mostraram a diminuição no consumo de fibras e aumento no de gorduras.

Os principais nutrientes encontrados em frutas e vegetais como vitaminas B6, B12, C, D e E, potássio e fibras protegem o organismo contra doenças cardiovasculares e isquemia cerebral. Geralmente, são alimentos mais duros e que exigem uma mastigação mais eficiente, por isso, são evitados por pessoas nestas condições.

Evidências mostram que pacientes que recebem implantes dentários tiveram uma melhora na sua condição nutricional, já que o tratamento propicia a recuperação da eficiência mastigatória.

É essencial que o dentista oriente os pacientes com relação a mais esse prejuízo causado pela ausência dos dentes.

A prevenção da perda de dentes continua sendo o melhor remédio, porém, se esta falhar, um tratamento que devolva a eficiência mastigatória deve ser realizado sem muita demora para que se minimize os danos à saúde geral do paciente.

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