Técnicas-de-hemostasia

Métodos hemostáticos e controle do sangramento trans e pós-operatório

A hemostasia é o processo pelo qual o organismo evita a perda de sangue em caso de danos aos tecidos. Para o funcionamento normal do corpo, é preciso que o sangue esteja livre de coágulos, porém, em caso de rompimento do sistema vascular, o processo de coagulação precisa ser imediatamente ativado.

A hemostasia é diretamente dependente dos processos de coagulação primária, secundária e retração do coágulo. Como os pacientes cardiopatas são frequentemente medicados com anti-agregantes plaquetários e anticoagulantes, um resumo da coagulação sanguínea faz se necessário.

Quando o paciente faz o uso de ácido acetilsalicílico 100 mg diário, a função de agregação plaquetária pode estar comprometida.

A avaliação da agregação plaquetária se faz pelo tempo de sangramento. A literatura mostra uma discussão a esse respeito quando o paciente será submetido a cirurgias com exposição de osso cortical e medular. O valor do exame pode não ser representativo do sangramento ósseo, nesses casos, o cirurgião-dentista deve se preparar com métodos hemostáticos locais no trans-operatório.

A esponja de fibrina é usada como o principal método hemostático local em alvéolos. É feita por fibrina, com poros que imitam uma rede. Auxilia na hemostasia porque permite que as plaquetas se agregam a sua estrutura, favorecendo um local para posterior deposição de fibrina.

Outra opção para pequenos sangramentos oriundos de tecidos moles é Subgalato de bismuto que é um pó de cor levemente amarelada que, quando colocado sobre o tecido mole sangrante, se une ao sangue da região e faz hemostasia. Sua ação é na coagulação do sangue dos capilares terminais.

Para hemorragias ósseas, a indicação é de cera para osso, foi criada com base na cera de abelha, primeiro “biomaterial” hemostático usado em cirurgias ósseas. É uma cera, de consistência firme, levemente amarelada, que se coloca firmemente no local do sangramento e a deixa na região durante o tempo de coagulação, na média, 6 minutos. Em seguida, perfura-se a cera para que entre sangue na cavidade. O restante da cera fica no alvéolo e será reabsorvido. Os métodos hemostáticos podem ser usados isoladamente ou em conjunto.

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